Magno Pires

Poço fundo e/ou redondo, no Cantão, em Batalha, realidade ou lenda?


Poço fundo e/ou redondo, no Cantão, em Batalha, realidade ou lenda?

Quinhentos anos ou cinco séculos de história ou lenda permeiam as conversas sobre o Poço Fundo e/ou Redondo, situado ou localizado em um trecho do Rio Longá, na localidade Unha de Gato, no município de Batalha. Mais precisamente na comunidade do Cantão.

As histórias, as conversas e lendas sobre esse trecho do Rio Longá se estendem por, aproximadamente, quinhentos anos e/ou cinco séculos. E não por menos disso. Porque moradores, agregados e trabalhadores rurais e visitantes do seu entorno já ouviam de seus antecedentes, bisavós e avós, as histórias de que o Poço Redondo e/ou Fundo metia muito medo; e ninguém se aproximava de suas margens porque podia ser arrastado para o seu leito fundo devido ao movimento intenso, constante, e violento de suas águas revoltas e sua histórica profundidade, enorme, dizendo os mais velhos, que chegava a 100, 200 e até 300 metros; e, diante disso, ninguém se aproximava de suas margens. Ainda assim, alguns afoitos e destemidos pescadores pescavam nas suas águas revoltas e temidas, enfrentando o turbilhão das suas águas.

E, além da profundidade, do movimento intenso das suas águas, da enorme profundidade, as espécies de animais aquáticos como sucuris, surubins, piranhas e cobras enormes, jacarés, traíras, tucunarés, piaus, pirarucus, etc. também intimidavam pelo seu tamanho e quantidade. Eram as mais diversas tradições e manifestações sobre o Poço Fundo. É um canteiro de água, peixes, histórias, conversas, lendas  etc. falam alguns querendo ou potencializando a grandeza e a beleza do poço..

Contam, entretanto, os mais velhos e moradores da localidade Unha de Gato, que as correntes fluviais, na fase invernosa, se expandiam e penetravam pelas matas, dizimando as plantações deixando o leito do Poço Redondo ou Fundo, para alagar todo o entorno do poço, não permitindo a moradia e acabando com os plantios de grãos, de mandioca, milho e feijão, etc. que existiam nas circunvizinhanças das propriedades rurais onde está encravado o poço. Eram as cheias desproporcionais, desalojando todos os habitantes.

Os moradores mais idosos e os novos mantém a sua curiosidade ativa; e na certeza de que essas histórias sobre o Rio Longá e o Poço Redondo e/ou Poço Fundo e sua enorme profundidade um dia seria esclarecida, porém, muitos já  morreram sem saber as verdades sobre a profundidade do Poço Fundo. E as suas riquezas e potencialidades.

Há muitos historiadores, que moram em cidades como Piripiri, Barras, Esperantina, Campo Maior, Batalha dentre outras que podem esclarecer a verdade desse Poço Fundo no Rio Longá na localidade Unha de Gato e/ou Cantão.

Brevemente será contratada uma empresa para levantar as riquezas e potencialidades desse trecho do Rio Longá, especificamente no local Unha de Gato ou Cantão.

Mas, já podemos adiantar que o Poço Redondo tem 237 metros de comprimento com largura de 300 e uma profundidade (ainda a ser levantada) que estimam os mais velhos e  que varia de entre 50 a 200 metros e até 300 metros ou mais, cujo volume d’água poderá chegar a 2,870 milhões de metros cúbicos, considerando-se apenas 50% de sua profundidade porque é estimada; ainda não feita medição científica.

São essas riquezas e essas potencialidades sobre o Rio Longá; na localidade Unha de Gato e/ou Cantão, que permanecem inertes, desconhecidas e/ou inexploradas por mais de 500 anos, embora morem ou residem no seu entorno mais de 10 mil pessoas.

 E  nenhum prefeito de Batalha quis levantar, analisar, estudar essas riquezas desse trecho do Rio Longá, cujo local será um novo ponto turístico de Batalha mais importante que a Cachoeira do Urubu, o qual complementará a área turística do Norte do Piauí, com um Poço que tem, aproximadamente,100,  200 e/ou 300 metros de profundidade, cujo entorno potencializará a indústria, agricultura e pecuária, o comércio e o setor de serviços das cidades de Batalha e Esperantina, além de Piracuruca, Piripiri, Brasileira, São José do Divino.


MAGNO PIRES é Secretário Geral da Academia Piauiense de Letras-APL (o único batalhense eleito pelo seu colegiado, para exercer este cargo, na história do mais que centenária sodalício) e Diretor-geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí – IAE-PI, Ex-Secretário de Administração do Piauí e ex-presidente da Fundação CEPRO, advogado da União (aposentado), professor, jornalista e ex-advogado da Cia. Antárctica Paulista (hoje AMBEV) por 32 anos consecutivos.








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