Com uma população de 213 milhões de habitantes, 60 milhões estão abaixo da linha da pobreza extrema, representando estes, praticamente, 30% da população do Brasil, revelando-se esse percentual um verdadeiro absurdo, levando-se em consideração as condições econômicas e as riquezas e potencialidades que o nosso país possui.

Jamais era para acontecer e/ou registrar-se essa enorme quantidade de pobres. Pelas riquezas e potencialidades que temos e/ou somos possuidores, o Brasil nunca deveria apresentar um cenário desse. Essa desigualdade extrema entre ricos, ou intensamente ricos, e 60 milhões de miseráveis, que passam privações e fome de toda ordem e grandeza. 

Pois, da mesma forma que passam fome, não tem educação, saúde, habitação etc. Tragédia esta difícil de ser solucionada porquanto os ricos não se preocupam em resolver e/ou minimizar este quadro e as políticas públicas delineadas e traçadas não alcançam solucionar para essa situação. E a maioria dos políticos e gestores públicos também não interessa equacionar esse problema.

E os homens ricos do país não são humanitários, consequentemente não interessando a estes resolver a situação de precariedade e pobreza desses 60 milhões de brasileiros. E a quantidade de brasileiros que vivem esta situação só tende é aumentar, potencializando mais ainda a gravidade do pais relativamente a esse problema gravíssimo.

A nossa elite política, econômica, cultural e empresarial está pouco ligando para este cenário de desigualdade e sofreguidão desses brasileiros porquanto tem assegurada a manutenção de suas riquezas, inobstante a pobreza extrema desses 60 milhões de brasileiros, cuja tendência é de agravamento e de aumento desse contingente humano de extremamente miseráveis.

Pois, se não temos homens humanitários, e os políticos e empresários, na sua maioria, é indiferente à precariedade absoluta, relativamente à sobrevivência dessa multidão de pessoas, logo mais chegaremos e/ou vivemos a uma situação insustentável e sem solução, com o aumento constante e descontrolado da população em situação de risco permanente.

O Brasil possui o maior rebanho de gado do mundo, somos o maior produtor de grãos, maior produtor de mel, maior produtor de suco de laranja, maior produtor de açúcar etc., etc. e temos 60 milhões de brasileiros morrendo de fome; portanto, há algo que precisa ser ajustado imediatamente porquanto é inconcebível, intolerável e inaceitável um cenário contraditório profundamente agudo desse.

Especialmente em um país que vive sob um regime democrático, regime de livre iniciativa privada e liberal, tem liberdade de expressão, respeita aos direitos humanos etc. etc. jamais era para conviver, assistir e tolerar 60 milhões de famintos e pobres.

E tanto o Governo faz ser de direita e de esquerda e/ou de centro direita e de centro esquerda está no comando do Brasil porque esta gravidade não é solucionada e/ou minimizada. Continuarei no meu trabalho de requerer mudanças desse terrível problema brasileiro.

MAGNO PIRES é Secretário Geral da Academia Piauiense de Letras-APL (o único batalhense eleito pelo seu colegiado, para exercer este cargo, na história do mais que centenária sodalício) e Diretor-geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí – IAE-PI, Ex-Secretário de Administração do Piauí e ex-presidente da Fundação CEPRO, advogado da União (aposentado), professor, jornalista e ex-advogado da Cia. Antárctica Paulista (hoje AMBEV) por 32 anos consecutivos.