Crise nos transportes continua por impasse entre Prefeitura e empresários
A Prefeitura não quer reconhecer as dívidas anteriores com o sistema de transporte
Três dos quatro consórcios de ônibus de Teresina assinaram uma minuta do acordo apresentado pela prefeitura para acabar com a crise nos transportes. O secretário de Finanças, Robert Rios, disse que a prefeitura aceita dar um auxílio financeiro emergencial para os empresários de ônibus. Mas proíbe a suspensão das atividades dos serviços, como a paralisação e a greve anunciada pelos motoristas, sob pena de suspender o repasse emergencial. O acordo estava sendo firmado, mas, segundo a advogada do Setut, Naiara Moraes, o texto foi alterado três vezes e sem a concordância dos empresários. Inclusive, com o acréscimo de que o auxílio emergencial proposto seria suspenso, caso houve paralisação do sistema. A dívida atrasada com os trabalhadores do sistema, somente o tíquete alimentação e o plano de saúde, somam mais de R$ 700 mil. E os empresários alegam que não têm como pagar os valores, sem um aporte financeiro emergencial e os pagamentos atrasados dos subsídios bancados pela Prefeitura de Teresina. No entanto, a Prefeitura não quer reconhecer as dívidas anteriores com o sistema de transporte.
Alterações no contrato
Segundo as informações da consultoria jurídica do Setut, o pré-acordo feito entre o sindicato dos empresários dos ônibus e a Prefeitura de Teresina já teve três alterações depois da negociação firmada: um na Prefeitura, outro na Strans e o último na Procuradoria Geral do Município. Diante disso, o processo voltou à estaca zero.
Sistema em números
Pelos dados e planilhas apresentadas, os débitos com o sistema de transporte público neste ano, com o pagamento das gratuidades, somam R$ 7,5 milhões. Isso em 2021. De 2020, a conta fecha em R$ 21 milhões. A negociação seria para parcelar esses R$ 21 milhões, sendo a primeira parcela de R$ 4,5 milhões, para o sistema voltar a operar normalmente.
Hospital da UFPI
O Hospital da UFPI recebe nesta sexta (8) equipamentos para garantir mais qualidade nos atendimentos aos pacientes do SUS. A solenidade, a partir das 10h30, vai contar com a presença dos ministros da Saúde, Marcelo Queiroga; da Casa Civil, Ciro Nogueira; do Presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, General Oswaldo Ferreira; o Reitor Gildásio Guedes; e do superintendente do HU-UFPI, Paulo Marcio Nunes.
Equipamentos no HU
Um dos aparelhos entregues ao Hospital da UFPI é um tomógrafo computadorizado, avaliado em R$ 2,8 milhões. O Hospital recebe também um mamógrafo digital de quase R$ 1,4 milhão, três aparelhos de ultrassonografia, no valor R$ 350 mil, uma torre para cirurgia vídeolaparoscópica, de cerca de R$ 260 mil, além de dezenas de equipamentos e materiais cirúrgicos.
Sem retorno
O deputado estadual Wilson Brandão está fazendo um tratamento de saúde e informou, aos mais próximos, que não pretende voltar para a secretaria estadual de Mineração. A eleição para conselheiro do TCE-PI deixou sequelas na base de sustentação política do governo na Assembleia.
Promoção das vítimas
Um Projeto de Lei na Assembleia Legislativa quer garantir a promoção de policiais militares da ativa que morreram em decorrência da Covid. Ao todo, 29 policiais da ativa morreram atuando na linha de frente contra a pandemia. E o PL vai permitir o aumento no valor das pensões recebidas pelas famílias. A proposta é do deputado Carlos Augusto (PL).
VOZ DO PODER
“O empresário não pode assumir novas obrigações trabalhistas porque tem que deixar o ônibus rodando, porque precisa receber esse dinheiro. Essas situações fazem com que a gente chegue em impasse e o empresário não se sinta apto a assinar um documento que ele já não tem condições de cumprir”, informou a consultora jurídica do Setut, advogada Naiara Moraes, alegando que as empresas não possuem condições para impedir a realização de greves. E tem dificuldades para pagar as folhas salariais.