Confissões de um Sofredor estreia dia 14 de março nos cinemas

Filme de estreia de Alfredo Manevy apresenta o pai da sofrência que chegou a emplacar música em trilha sonora do Oscar em 1945


Confissões de um Sofredor estreia dia 14 de março nos cinemas Foto: Museu Felizardo de Porto Alegre - divulgação

Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor, documentário em que Alfredo Manevy faz sua estreia na direção, já tem data para chegar ao público: 14 de março. Celebrando o legado poético do cantor e compositor, o filme explora a contribuição musical e o contexto histórico do renomado músico e autor de sucessos que encantam gerações. A distribuição é da O2 Play em parceria com o Canal Curta!. Confira o trailer no final da reportagem.

A obra, premiada com Melhor Edição e Melhor Trilha Sonora na 17ª edição do Fest Aruanda 2022, recebeu Menção Honrosa por sua força narrativa ao resgatar e ressaltar a importância de um dos maiores compositores da música popular brasileira e pela riqueza de sua pesquisa.

Produzido pela Plural Filmes em parceria com o Canal Curta, o documentário preserva o seu legado musical, destacando sua contribuição artística e o contexto histórico e social. As músicas de sucesso de Lupicínio Rodrigues foram interpretadas por alguns dos maiores nomes da Música Popular Brasileira.

Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor traz uma pesquisa ampla com materiais de arquivos do próprio Lupicínio, além de entrevistas e falas de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, e Elza Soares. A produção também aborda um episódio importante da história de Lupicínio envolvendo a faixa Se Acaso Você Chegasse. A música fez parte da trilha sonora de um musical de Hollywood, Dançarina Loura, e, mais tarde, foi indicada ao Oscar de 1945. Mas, além de não ter sido consultado sobre o uso da canção, Lupicínio só foi receber direitos autorais anos após o sucesso. Até hoje seus créditos na indicação ao Oscar não foram reconhecidos.

“Eu quis que essa questão dos direitos e créditos ganhasse força no filme porque Lupicínio vendia sambas no câmbio negro. A questão não é só de crédito, mas de economia da cultura. Se a música é o que o Brasil faz de melhor, por que não somos capazes, enquanto país, de dar o devido retorno econômico aos mestres da nossa música? A riqueza resultante desse valioso patrimônio cultural deveria chegar aos autores”, comenta o diretor Alfredo Manevy.

O documentário recebeu o prêmio do público de melhor documentário em Lisboa, no Festival Internacional da Língua Portuguesa, e participou de festivais nacionais como a 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (2023), 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes (2023), 18ª Mostra de Cinema de Ouro Preto (2023), Festival Mimo de Cinema 2023, Santos Film Fest 2023, IN-EDIT 2023, 46º Festival Guarnicê de Cinema (2023). A produção também foiselecionada para festivais internacionais como a 14ª edição do FESTin Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (2023), 27th Inffinito Brazilian Film Festival (2023) e Philadelphia Latino Film Festival 2023.

“Lupicínio é o pai da música de sofrência, que se tornou com ele e depois dele um gênero imensamente popular. Não por acaso Lupi atravessa gerações de intérpretes. Não ocultamos as atitudes, letras e emoções dele com as mulheres de sua vida porque isso seria apagar algo da essência de sua musicalidade e da verdade de sua história. Esconder o machismo não nos ajudaria a compreender e refletir as contradições da época. Ali estão misturados a paixão, o romance, a traição e, claro, o machismo daquele período”, completa Manevy.

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