Magno Pires

O Porto Marítimo do Piauí


O Porto Marítimo do Piauí

Certamente, nenhuma obra de infraestrutura do Brasil atrasou tanto a sua construção e conclusão como o Porto Marítimo do Piauí, localizado nas estratégicas e privilegiadas Parnaíba/ Luís Correia, como esse porto piauiense. São mais de dois séculos! 210 anos de espera!, e o Governo do Estado, com Rafael Fonteles, ainda levará uns três anos para concluí-lo, porém, efetivamente, terminará esta obra fundamental e essencial ao desenvolvimento socioeconômico piauiense. Inclusive para dar estabilidade, ao seu desenvolvimento, porque integrará todo o sistema de transporte intermodal, especialmente com a exportação da produção de grãos que já se espalha em todo o Piauí, mas não somente na grande região dos Cerrados.

A execução, construção e conclusão do Porto é uma metaimprescindível e imperiosa à edificação e estabilidade do desenvolvimento do Estado.

O Porto de Luís Correia é o epicentro da integração do transporte de carga do Estado; juntamente com as matrizes ferroviária, rodoviária e pluvial; notadamente, com a pluvial com o Rio Parnaíba, que integra as principais regiões produtoras de bens e serviços no Estado, sobressaindo-se a produção de grãos no Extremo Sul do território piauiense, embora esta matriz agrícola já se estenda também pelo Centro Sul (Água Branca e Regeneração) e ao Norte, com Piracuruca, Buriti dos Lopes, Barras, Joaquim Pires, etc.

Esta integração do transporte intermodal é um projeto de longo prazo e requer a participação do setor privado, primordialmente através de parcerias públicas-privadas, porquanto o Estado não dispõe de recursos próprios à sua conclusão, tendo, necessariamente, de recorrer à fonte de recursos de agentes privados de categoria internacional.

Além do Estado do Piauí não ter capacidade financeira para construir essa enorme matriz, também os agentes públicos no Estado não têm experiência para fazer esses grandes investimentos.

Esta matriz intermodal do transporte do Piauí, nos seus cinco eixos (marítimo, pluvial, ferroviário, rodoviário e aéreo) necessita de uma soma muito grande de recursos para ser realizada, além da experiência acumulada, que somente os setores privados nacional e internacional dispõem.

O Governo do Estado, com Rafael Fonteles, está dando a largada inicial de uma obra difícil, como o Porto Marítimo, porque além das dificuldades inerentes à obra, há um pessimismo histórico da elite do Piauí que não mais acredita na conclusão do Porto. E o Governo do Estado terá que enfrentar também esta realidade social.

O certo, porém, em tudo, é que o Governo do Estado reiniciou a construção do Porto. E vai seguindo até o fim; porquanto a determinação e o arrojo do Governador impõem esta conduta, além do fator preponderante também, em tudo, a necessidade real de sua construção como elemento imprescindível à estabilidade do crescimento e do desenvolvimento econômico do Piauí.

E superar esta história terrível e real de mais de dois séculos para concluir uma obra fundamental, enquanto todos os Estados vizinhos do Piauí dispõem de Porto há várias décadas e o Piauí patinando na inércia e na inação da ação de sucessivos governos estadual e federal.


MAGNO PIRES é Vice-presidente da Academia Piauiense de Letras-APL e Diretor-geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí – IAE-PI, Ex-Secretário de Administração do Piauí e ex-presidente da Fundação CEPRO, advogado da União (aposentado), professor, jornalista e ex-advogado da Cia. Antárctica Paulista (hoje AMBEV) por 32 anos consecutivos.










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