De Teresina ao Rio. Do Brasil para o mundo. Sua juventude começou no colunismo social. Multifacetada é, também, graduada em Artes Cênicas, Jornalismo e Recursos Humanos. Desenvolve atividades ligadas à arte, cultura, área social e na gestão pública. Dona de uma reconhecida e rica trajetória, um histórico de vida com dignidade, militância e glamour!

Safira Bengell tem uma história de superação e que sempre fez da arte sua ferramenta de combate contra a discriminação e o preconceito, sempre em busca de ações em prol do coletivo.

Ao podcast Papo Aberto TD, ela conta o segredo da longevidade. "Respeito ao público, profissionalismo, a vontade de ser alguém na vida, se posicionar e sempre buscar o conhecimento para que você traga para a sua carreira um desenvolvimento grandioso".

O começo da carreira, ainda na adolescência, foi no Rio de Janeiro, local em que foi batizada artisticamente como Safira Bengell e que hoje é uma marca.

"Comecei como cover oficial da Maria Alcina. Eu ia para o Reduto dos Artistas no Arco da Lapa, no Rio, e fui descoberta por Marlene Casanova que me deu esse cover da Maria Alcina. Estreei. Depois ficou muito reduzido a atuação do artista, vi o palco me encantei, me doei e com isso os produtores buscaram o nome artístico com uma brincadeira perguntaram meu signo que é gêmeos e buscaram ali a pedra do signo que é safira e ficou meu nome", lembra.

Papo Aberto TD: apresentador Pedro Silva e Safira Bengell

Sobre seu legado, a internacional, Safira Bengell, diz: "De ser uma pessoa de caráter, uma pessoa quase honesta e saber que cumprir a minha missão do meu lado profissional colaborei, embora muita gente queria apagar".

Safira se diz realizada profissionalmente e se mantém humilde fora dos palcos. "Sou uma pessoa muito realizada artisticamente. No exterior estive com pessoas grandiosas, estrelas, nobres. Ser aclamada a rainha da noite das discotecas de Milão, está com grandes estilistas. Fora do palco busco estar com pé no chão, calço a chinela da humildade".

50 anos de carreira - A arte de viver

A biografia mostra não apenas a história de um personagem, mas um resgate para a memória da sociedade, trazendo à luz esses grandes artistas que ainda hoje arrastam multidões aos teatros por onde se apresentam. A personagem Safira oferece uma mensagem subliminar e ensina muito bem a arte de viver, longe do preconceito, das humilhações, das vantagens conseguidas a qualquer custo, da discriminação e da falta de compreensão. Em cada página, há um exemplo de vida, uma forma de expressão para que se consiga compreender um mundo completamente diferente daquele a que estamos habituados.  

A biografia surgiu a partir da quantidade de acervo pessoal que tem em casa. Desde cartas que envia a sua mãe quando morava fora, quanto fotos e artigos divulgados ao longo da carreira.

"Eu tenho um acervo muito grande em casa, desde a década de 70, início da carreira. Eu mandava cartas para a minha mãe e ela ia guardando e não tínhamos ideia que um dia seria essa biografia, juntaria todo esse material para fazer essa grande obra que é essa "a arte de viver". Veio a pandemia, eu peguei todo esse material, passei o tempo clipando, quando eu vi estava com o material e comecei a escrever, e agora é o momento para essa grande celebração", detalha.

Ainda no podcast Papo Aberto TD, ela conta mais detalhes sobre sua ascensão no exterior em que se apresentou em diversas casas de espetáculos, das amizades e oportunidades que recebeu ao longo da vida, e das dificuldade e desafios enfrentados, que segundo ela, são transformados em superação e motivação.

A íntegra do bate-papo está também disponível na TV Teresina Diário.