Exposição proporciona um mergulho no mundo de criações da artista Baiá

O Papo Aberto TD conversou com a artista plástica Baiá. que falou sobre o processo de criação da IMERSA, exposta em Teresina


Exposição proporciona um mergulho no mundo de criações da artista Baiá Mayara Cavalcante, Baiá, artista plástica e psicóloga / fotos: Bruno Paz - Teresina Diário

O podcast Papo Aberto TD recebeu a artista plástica e psicóloga, Mayara Cavalcante, conhecida carinhosamente como Baiá. A piauiense que reside em São Paulo, realiza sua segunda exposição individual na sua terra de origem proporcionando um mergulho em um mundo imaginário de suas criações.

Na exposição IMERSA, a artista utiliza seu puerpério como ponto de partida, refletindo um período em que se sentiu submersa em um mundo azul, não por se tornar mãe de um menino, mas porque, de fato, viveu uma sensação profunda de imersão, como se estivesse mergulhando em águas profundas.

"Quando comecei a trabalhar na exposição eu passava pelo período do puerpério que dependendo da mulher pode ser além dos 40 dias preestabelecidos. Eu estava dentro desse processo e as minhas pinturas estavam trazendo esse momento e nessa época entrevistei várias mulheres que estavam passando por esse processo e pedi para elas relatarem em uma palavra ou frase o que significava aquele momento e o que recebi da maioria foi que elas se sentiam mergulhadas no momento. Então, senti que a palavra mergulho estava mais recorrente. Daí comecei a pensar como trazer esse mergulho nas obras, como falar sobre isso, daí pensei na cor azul e suas variações para potencializar esses sentimentos e sensações", detalha a artista sobre o processo de criação da exposição.

A profissional fala ainda como utiliza o seu trabalho como forma de transmitir uma mensagem.

"O meu trabalho é muito intuitivo, às vezes não tenho uma imagem real do que quero produzir e no decorrer do processo aquela imagem vai se formando, outras vezes eu tenho a imagem clara. Eu tenho uma pesquisa, uma mensagem que eu quero passar, o meu trabalho fala sobre a potência do feminino, a conexão com a natureza, temas como a ancestralidade que é recorrente. Mas eu me interesso muito pelo que o outro tem a dizer do meu trabalho, por ter uma formação em psicólogo eu gosto de receber essa mensagem, pois você passa uma algo e recebe muitas vezes uma coisa nova que acaba te acrescentando", conta.

Papo Aberto TD: apresentador Pedro Silva e Baiá

Baiá, deusa da arte

O nome Baiá não foi por acaso. Segundo relatos da própria, o apelido surgiu da sua irmã não pronunciar Mayara.

"Costumo brincar que a Baiá e a Mayara são as mesmas. Na minha vida é tudo misturado. É tanto que meu ateliê é dentro de casa. E na verdade o Baiá surgiu, pois a minha irmã mais nova não sabia pronunciar Mayara e ela chamava Baiá e aí acabou ficando. Quando fui assinar artisticamente eu escolhi Baiá por ser um nome curto, tem uma sonoridade legal. Mas eu fui fazer uma exposição em Manaus, na montagem da exposição eu recebi a visita de um idígena que se chama Kare Baiá e ele foi me visitar por conta do nome curioso. Aí ele me perguntou se eu sabia do significado, e eu falei a minha versão. Depois ele respondeu: Baiá na minha etnia é a deusa da arte. Nesse dia eu falei que tinha de fato de assinar com esse nome, fiz a escolha certa com esse nome anos atrás e tenho que seguir", lembra.


Ainda no podcast Papo Aberto TD, a profissional fala sobre sua carreira, inspirações e muito mais.

A exposição IMERSA que transmite uma exploração intensa da cor azul, Baiá convida os visitantes a refletirem sobre os padrões de cor e suas potencialidades em suas obras que estão no Sesc Cajuína, até o dia 31 de julho.



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