Economia criativa é intangível, simbólica, e se alimenta de talentos para produzir bens e serviços. No Brasil, é um setor em crescimento e tem se mostrado uma importante fonte de desenvolvimento econômico e social nos últimos anos. Entre os setores que mais se destacam na economia criativa brasileira estão a música, o audiovisual, o design, a moda, as artes visuais e a publicidade.

Para esclarecer sobre o universo da economia criativa, o consumo de produtos fabricados por pequenos produtores, o podcast Papo Aberto TD recebeu Aline Souto. Na ocasião ela destacou o papel deste setor para a sociedade.

"A economia criativa chega de uma forma, como ela mesma fala, criativa, transformar isso em recurso para que utilize dela e transforma o produto e coloca a venda de forma empreendedora. A moda entra como segundo maior empregador, é uma economia que movimenta muito dinheiro entre o grande e pequeno empreendedor. E sabemos que tem muitas coisas na moda que representam um tempo, um momento, com tendências de mercado que vão se construindo e você vai comprando de acordo com o que vai ser colocado, é uma economia pulsante", disse a profissional que é empreendedora e especialista em imagem, e estilo.

Economia criativa e sustentabilidade

Papo Aberto TD: Aline Souto e o apresentador Pedro Silva

A economia criativa está intimamente ligada à sustentabilidade, já que muitas de suas atividades envolvem a reciclagem de materiais, a redução de resíduos e a adoção de práticas mais responsáveis do ponto de vista ambiental

"A sustentabilidade hoje em dia é um ponto em que todas as empresas sejam ela de qualquer porte terão que se adequar a sustentabilidade. O próprio planeta não está resistindo. Quando pensamos em sustentabilidade não é deixar de comprar e sim comprar com consciência de que aquele produto que você está usando foi produzido por marcas com certificado para realizar o processo. Inclusive as grandes marcas estão trazendo espaços com produtos sustentáveis, pois estão percebendo que devem se adequar", destaca Souto.

Movimento Xique Xique - um outro olhar para a cultura local

O Mercado Xique Xique, movimento que reúne produtores piauienses, chega na terceira edição com 32 marcas autorais de segmentos dos mais variados, além de proporcionar Oficinas criativas, de bem-estar e beleza, além de espaços aconchegantes. O tema dessa edição é “Ponha os olhos em mim”, trecho da carta histórica de Esperança Garcia, a primeira advogada negra do Brasil.

Aline Souto conta como surgiu o evento. "O projeto surgiu na pandemia quando os amigos que estavam dentro do projeto queriam consumir objetos piauienses com toque diferencial, contemporâneo, autoral, com design, algo que não fosse tão óbvio do que costumamos encontrar. Foi pensando nisso que fizemos o Mercado para dar mais visibilidade a essas marcas autorais piauienses, inclusive da cidade de Coronel Zé Dias. Reunimos um artesanato com um olhar diferenciado, utilizando um design de produto e artístico, passando por um outro processo. E temos conseguido para o mercado para que as pessoas se encantem e percebam as outras formas que a gente pode usar a nossa cultura, a informação através do artesanato ou do que temos".

Oficina Solidária

No sábado, dia 8, e domingo, dia 10, o Mercado Xique Xique põe os olhos na solidariedade com a oficina “AMA Customizar”, uma parceira com a AMA - Associação de Amigos dos Autistas e Gugê Jeans que vai te ensinar a dar um toque especial às suas roupas e acessórios. A inscrição feita de forma online, é no valor de R$ 25,00, taxa simbólica será integralmente revertida à AMA.

Ainda no podcast Papo Aberto TD, Aline Souto fala sobre os desafios para o crescimento da economia criativa, além de destacar o papel do Mercado Xique Xique na economia criativa local.

A íntegra do bate-papo você encontra na TV Teresina Diário.