O Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Teresina) esteve em reunião com o prefeito Dr. Pessoa e demais representantes do setor produtivo para apresentar a proposta de instituição do Programa “Centro Vivo”, que visa trazer mais qualidade de vida, habitação residencial e dinamicidade para a cidade. Na oportunidade, ainda apresentou no início da reunião o pedido de renovação da regulamentação do Programa Minha Casa Minha Vida, que permite a disponibilização de habitação de interesse social com rapidez e bem-estar social para as famílias em situação de vulnerabilidade econômica. 

Segundo o Sindicato, o Programa do “Centro Vivo” — principal foco do encontro — tem por compromisso o desenvolvimento econômico e social da cidade de Teresina e apresenta, assim, incentivos à ocupação do centro da capital. O gestor do Sinduscon Teresina, Guilherme Fortes, explica que o projeto consiste em um conjunto de incentivos urbanísticos, fiscais e tributários aos empreendimentos de natureza multifamiliar mista, que resultarão na geração de unidades habitacionais e comerciais em edificações de uso misto, ou seja, que integrem habitação e comércio. “E isso sem perda de receita à municipalidade e sem prejuízo ao patrimônio histórico e cultural material da cidade”, frisa.

Guilherme Fortes também acrescenta que a união das entidades de classe e população é fundamental. Ele pontua, ainda, que a visão do Sindicato é propor ações que sejam da iniciativa privada e que não dependam do setor público. Para isso, o setor pesquisou quem mora no centro no aspecto cultural e econômico. Nisso, identificou que há uma população flutuante (que vai e volta ao centro) e deseja uma habitação fixa. “Querem qualidade e hora de vida. Preferem estar no centro devido ao aparato social e estrutura. Nossa ideia é propor habitações para essas pessoas sem atrapalhar a receita existente”, destaca.

Para o prefeito Dr. Pessoa, o diálogo com o Sinduscon Teresina e demais setores da cadeia produtiva e industrial da cidade é vital para o estímulo eficiente do crescimento da cidade e, principalmente, diante do projeto apresentado, do centro da capital. “O projeto é fundamental para estudarmos as melhores maneira de fazer essa revitalização do nosso centro de forma consciente e benéfica para todos”, pontua.

O senador Freitas Neto marcou presença na reunião e foi um dos principais expoentes para sugestão e construção do projeto. Ele ressalta que a discussão do centro de Teresina é uma demanda social e surgiu no conselho do Sebrae quando o presidia no ano passado. “As entidades ao comércio levantaram essa demanda e depois começamos a articular com outros setores, como o Sinduscon”, observa. Delano Rocha, representante do Sebrae, compartilha que o setor se soma a essa ação. “Vamos realizar um conjunto de capacitações e apoio aos empreendedores para melhorar o atendimento e gestão de negócios. Isso para que toda a estrutura do centro se torne mais agradável”, finaliza.

Alguns dos pilares do Programa “Centro Vivo” são ações que podem ser desenvolvidas pela iniciativa privada sem a intervenção de entes públicos, a não redução da receita existente e, por sua vez, a criação de receitas futuras. E, além disso, o não envolvimento com patrimônio histórico. Com isso, visa-se como resultado: mais mobilidade urbana; comércio e serviços mais ativos no turno da noite, a exemplo de restaurantes e lanchonetes.