Mais de 40 cidades do Piauí já assinaram termo técnico que busca acabar com os lixões

A ideia traz a instalação de usinas para o tratamento correto do lixo que pode ser reutilizado


Mais de 40 cidades do Piauí já assinaram termo técnico que busca acabar com os lixões Foto: Reprodução

Servidores do Instituto de de Águas e Esgotos do Piauí (IAEPI), estão percorrendo várias cidades do Piauí, com a missão de conscientizar os municípios para a implantação de usinas de tratamento de resíduos sólidos, que é considerada a opção mais viável para o descarte correto do lixo, contribuindo para apreservação do meio ambiente e o cumprimento da lei.

“Pretendemos sensibilizar e conscientizar todos os 224 municípios com essa nossa ação. Mostrar aos prefeitos que no planeta não se enterra mais lixo. Aterro urbano é proibido por lei. O novo marco regulatório não permite mais” destaca o diretor-geral Iaepi, Magno Pires.

Mais de 40 cidades piauienses já assinaram termos de cooperação técnica com o Instituto de Águas e Esgotos, permitindo a assessoria do órgão para a extinção dos lixões. O Marco do Saneamento Básico estabeleceu prazos para o fechamento desse tipo de dispositivo: até 2022 para municípios com mais de 100 mil habitantes; até 2023 para cidades com população entre 50 mil e 100 mil habitantes; até 2024 para capitais e áreas metropolitanas, assim como municípios com população inferior a 50 mil moradores.

A proposta do Iaepi é que o lixo produzido pela população piauiense seja destinado a usinas biomecânicas de tratamento e instaladas em municípios estratégicos geograficamente. Nela, o material descartado, normalmente enterrado nos lixões, é transformado em produtos diversos, prontos para serem novamente utilizados. “A indústria recebe, processa o lixo e ainda devolve royalties ao município. A empresa fabrica telhas, tijolos, cano de irrigação, meio-fio, paralelepípedo, gás, biogás e fertilizantes, material útil para diversas atividades”, detalha Pires.

O modelo de usina indicado é o de uma empresa alemã com expertise na atividade, tendo plantas distribuídas em 158 países e 8 no Brasil. Cada unidade tem capacidade para processar 100 toneladas de lixo por dia. O investimento para implantação é de R$ 18 milhões, com prazo de construção estimado entre 8 e 12 meses. O funcionamento da usina gera 80 empregos diretos e 80 indiretos.

O diretor-presidente do Iaepi explicou que as prefeituras não teriam gastos extras para a implantação da usina. O custo segue o que já está previsto nos orçamentos municipais, relativos à coleta e transporte do lixo ao ponto de despejo. A usina disponibilizaria pontos de transbordo para receber o lixo daqueles municípios mais distantes das usinas.

Cerca de 75 prefeitos já foram procurados pelo Iaepi. O município de Piripiri lidera num grupo com, aproximadamente, 15 cidades da região, que avançam para a formação do primeiro consórcio no estado para este fim. O Governo do Estado oferece apoio para elaboração dos estudos exigidos para implantação das usinas.

No dia 4 de abril é a vez de São João do Piauí sediar um encontro para discutir o tema. Prefeitos de 33 cidades da região serão convidados a assinar o acordo de cooperação técnica com o Iaepi e aderir à carta compromisso para formação do consórcio. O instituto já promoveu eventos semelhantes em outras cidades-polo como Picos, Valença, Uruçuí e Oeiras. O objetivo é alcançar todos os territórios de desenvolvimento do Piauí. O Instituto Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação Co2 Zero é parceiro do Iaepi neste evento.




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