Varíola do macaco pode causar danos nos olhos

Primeiro caso de conjuntivite foi diagnosticado em São Paulo.


Varíola do macaco pode causar danos nos olhos Foto: divulgação

Desde o início da pandemia provocada pela covid-19, sintomas oculares também vêm gerando sinais de alerta para os médicos. Assim como o coronavírus, o monkeypox, vírus que causa a varíola dos macacos, também pode acarretar danos oculares. O primeiro caso de conjuntivite provocado pela doença foi diagnosticado recentemente em São Paulo, o que deixa os especialistas atentos diante dos possíveis sintomas desconhecidos que a doença pode causar.

O oftalmologista, Mateus Vilar, explica que a conjuntivite não é o primeiro sintoma da varíola dos macacos. “A infecção geralmente começa com sintomas parecidos com os da gripe, como febre e dor muscular. Depois disso, começam a aparecer erupções na pele do rosto e do corpo todo. Nos olhos, as alterações mais comuns são aumento dos gânglios linfáticos perioculares, formação de vesículas na órbita e ao redor dos olhos, blefarite (inflamação das bordas das pálpebras), ceratite (inflamação da córnea) e conjuntivite”, descreve o médico do Vilar Hospital de Olhos, instituição que faz parte da rede Vision One.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado em agosto pelo Ministério da Saúde, mais de 3 mil casos da doença já haviam sido confirmados no Brasil. No Piauí já foram constatados 10 casos até o momento. Ainda não existe tratamento especifico, mas a Organização Mundial de Saúde – OMS recomenda tratamento, dependendo dos sintomas, com remédio para dor e antiviral. 

Já para os danos nos olhos, o diagnóstico deve ser avaliado pelo especialista. “O tratamento das alterações oculares varia de acordo com a avaliação oftalmológica. O mais indicado é a utilização de colírio lubrificante para melhorar o conforto”, explica Mateus Vilar. O oftalmologista alerta ainda que “o uso de colírio com corticoide aumenta a resistência do vírus, pode afinar a córnea e provocar perfuração, por isso, não deve ser recomendado”.

Vilar recomenda também algumas ações para evitar a proliferação da varíola dos macacos:

- Lavar as mãos com frequência

- Evitar tocar os olhos, nariz e ouvidos com as mãos

- Não compartilhar colírios e nem usar sem recomendação médica

- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como toalhas de rosto, talheres, lençóis e fronhas de travesseiro

- Usar máscaras de proteção



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