O coordenador do Sindicato dos Mototaxistas do Piauí, Antônio de Moura Fé Neto, disse em entrevista ao Teresina Diário, na manhã desta quinta-feira (09), que os companheiros de trabalho esperam por  mais fiscalização por parte das autoridades, devido eles estarem há três anos sofrendo com a concorrência (transportes irregulares, motos clandestinas e aplicativos).

"Estamos aqui implorando para que os vereadores possam ouvir as nossas queixas, estamos passando por um momento difícil em Teresina, desde o início da pandemia, agora a Prefeitura Municipal está solicitando a renovação do alvará de mototaxistas e não aceitou a nossa proposta para que seja renovado somente em 2022, considerando os problemas enfrentados pela classe", disse o coordenador.

Antônio de Moura Fé explica que uma diária mínima de um mototaxista é de R$ 30 reais e este dinheiro é para a maioria manter suas famílias e que para que este alvará seja renovado a moto deve estar nas condições especificas que a STRANS exige.

"Grande maioria da classe não terá condições para pagar este alvará, não terá para deixar a moto nas condições solicitadas, estamos todos em crise, é difícil concorrer com estes transportes irregulares", disse Antônio.

De acordo com o coordenador, 90% dos mototaxistas não terão condições. Hoje a capital conta com cerca de 3 mil profissionais trabalhando no ramo, mas ele acredita que a profissão já esteja sendo extinta.

"Está dificil trabalhar, a nossa profissão está quase extinta", finaliza o coordenador.

Para a renovação do alvará, o mototaxista passa por uma série de verificações, como o funcionamento de freios, luzes e pedais da motocicleta.