Magno Pires

Saneamento Básico e Saúde Assegurada


Saneamento Básico e Saúde Assegurada

O Estado do Piauí somente melhorará consideravelmente os índices de qualidade da saúde pública quando transferir ao setor privado as concessões de água, esgoto, resíduos sólidos urbanos (RSU) e a construção das galerias pluviais urbanas.

Enquanto o tratamento desses quatro vetores do saneamento básico permanecerem sob a gestão do Estado (Agespisa), dos municípios e de outros entes públicos SAAES, o piauiense continuará a beber água de péssima qualidade; os sistemas de esgotos sanitários permanecerão sem o tratamento adequado; os RSU (lixos e lixões) serão enterrados ou colocados em aterros sanitários sem o tratamento correto, produzindo chorume; e as galerias pluviais não serão construídas.

Justamente porque nem sequer o Estado do Piauí possui recursos financeiros suficientes para bancar a construção desse tratamento adequado nos quatro vetores, bem como os municípios também não dispõem desses embasamentos técnicos e financeiros para construir toda a rede necessária e imprescindível, especialmente quanto à distribuição e tratamento de água e de esgoto. Por isso, essa calamidade no setor de saneamento básico do Estado do Piauí, que é fonte geradora de várias doenças.

A área urbana de Teresina melhorou correta e adequadamente o funcionamento e fornecimento dos setores de água e esgoto, com a concessão para a Águas de Teresina, que já investiu na Capital cerca de 1,5 bilhão de reais, desde o início da concessão.

E a qualidade da água servida é boa, diferentemente do que existia antes dessa concessão; Águas de Teresina ampliou a rede de esgoto, com o tratamento correto nas lagoas de recepção dos dejetos, com o reflexo imediato na melhoria dos índices de saúde pública, notadamente nas crianças, que antes bebiam a água distribuída pela AGESPISA, que carecia de um tratamento adequado.

Por conseguinte, enquanto não for melhorada a qualidade da água distribuída pelas concessionárias públicas estadual e municipal, respectivamente AGESPISA, especialmente, e municípios, os piauienses continuarão a adoecer devido à qualidade da água.

Ao tempo em que se melhora sensivelmente o sistema de tratamento de água e esgoto, com a devida ampliação, extremamente necessária na Capital, o Estado está tentando e/ou procurando uma solução que contemple viabilizar a construção dos sistemas de água e esgoto no Estado, evidentemente com a participação de todos os municípios, que são os legítimos detentores das concessões em seus quatro eixos: água, esgoto, resíduos sólidos urbanos (RSU) ou lixos e lixões e galerias pluviais, porém, notadamente água e esgoto, por serem as situações mais prementes do Estado.

Entretanto, enquanto em água e esgoto há bastante edificações, aflora como gravíssimo problema o tratamento adequado dos resíduos sólidos urbanos (RSU), prevalecendo no Estado os aterros sanitários e os lixões a céu aberto, fontes de enormes problemas de saúde, os aterros urbanos não obedecem às regras exigidas para tratamento do lixo, com vazão de chorume, como aconteceu recentemente em São João do Piauí, onde o produto químico, produzido pelo lixo, vazou e queimou vários dias, expelindo muita fumaça tóxica e enorme odor, ambos fortemente prejudiciais aos habitantes do município.

MAGNO PIRES é Diretor-geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí – IAE-PI, Ex-Secretário de Administração do Piauí e ex-presidente da Fundação CEPRO, advogado da União (aposentado), professor, jornalista e ex-advogado da Cia. Antáctica Paulista (hoje AMBEV) por 32 anos consecutivos.







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