Luciano Coelho

Teresina perde 22 mil habitantes e R$ 35 milhões e aciona o IBGE na Justiça

Para o secretário da prefeirura, a contagem da população feita pelo IBGE está errada


Teresina perde 22 mil habitantes e R$ 35 milhões e aciona o IBGE na Justiça

A Prefeitura de Teresina vai representar na Justiça contra os dados do IBGE. O secretário de Finanças, Admilson Brasil, informou que o município teria perdido, pelos dados do IBGE, 22 mil habitantes, e isso vai provocar um impacto financeiro negativo em torno de R$ 35 milhões, sendo perda de R$ 27 milhões do repasse do Fundo de Participação do Município (FPM) e R$ 8 milhões referente a divisão do ICMS.

Para o secretário, a contagem da população feita pelo IBGE está errada. Admilson afirmou que nas contas dos recenseadores há dez anos tínhamos 836 mil habitantes. Agora, uma década depois, temos 814 mil habitantes. “Essa contagem está errada e pode ser observada a olho nu. Basta pegar indicativos, dados indiretos, entre os nascidos e os mortos, o número de carteiras de habilitação emitidas, a abertura de contas correntes, todos esses números aumentaram”, argumentou.

Por conta disso, a Prefeitura de Teresina vai representar contra o IBGE. A Procuradoria Geral do Município já foi acionada para contestar os dados do IBGE. “Com a perda de dinheiro teremos dificuldades em manter a prestação de serviços. Os serviços ficam comprometidos, podem faltar remédios, ter menos asfalto, dentre outros. O que fica garantido é o pagamento da folha dos servidores”, frisou Admilson Brasil.

Sem transporte

E Teresina mais uma vez amanheceu sem ônibus. A Strans cadastrou cerca de 100 veículos para cobrir as linhas das empresas do sistema de transporte coletivo. Os motoristas e cobradores anunciaram uma greve por tempo indeterminado. A Strans queria pelo menos 254 veículos, mas tem 100 e outras 20 vans atuando como transporte alternativo, enquanto durar a greve. Pelo menos 30% da frota deveria estar circulando, e nem esse percentual estava nas ruas.

Bicentenário da Independência

O Governo do Estado comemora hoje 200 anos da Batalha do Jenipapo, em Campo Maior. O governador Rafael Fonteles cumpre agenda cívico-militar com apresentações teatrais e entrega de medalhas para agraciados. Na ocasião ainda será inaugurada uma UTI no hospital de Campo Maior no valor de R$ 1,5 milhão.

Levantamento de danos

A Defesa Civil Municipal está fazendo um relatório de estragos provocados pelas chuvas em várias regiões da cidade. Segundo relatos de populares, houve casos de teto da Uespi desabando, assim como o muro de uma escola na zona Leste, carros arrastados pela enxurrada a zona Sul e vários equipamentos públicos danificados pela força das águas.

Alta médica

Os ministros do Supremo Tribunal Federal, Kássio Nunes Marques e Luís Roberto Barroso, tiveram alta médica no final de semana. Os dois estavam internados e passaram por cirurgia. Kássio estava no Albert Einstein, em São Paulo, e Barroso está no Sírio Libanês, de Brasília, mas ambos participaram de audiências por vídeo conferência. 


Pagamento sem empenho

A Auditoria solicitada pelo prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, na Fundação Municipal de Saúde ainda não foi concluída. Mas a assessoria financeira da Prefeitura informou que os pagamentos sem empenho sempre existiram na Fundação. São erros detectados em outras apurações. Isso vem desde 2019, são ações recorrentes, e tem o conhecimento do Tribunal de Contas do Estado. 

 

Custo da folha

Uma curiosidade é que a folha de pagamento dos funcionários da Prefeitura de Teresina beira os R$ 100 milhões. Segundo informações da própria Prefeitura, hoje Teresina é o segundo maior empregador do Estado, atrás apenas do Governo do Estado. A folha de servidores efetivo é de R$ 77 milhões por mês. O pagamento do terceirizados e prestadores de serviço do município consome mais R$ 20 milhões, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Finanças. 

VOZ DO PODER

A APPM está cobrando uma compensação do governo do Estado pela redução na divisão dos recursos do ICMS. Nessa conta, apenas a Prefeitura de Teresina teria mais de R$ 38 milhões a receber do Governo do Estado, de acordo com um estudo já feito. O governo do Piauí aguarda a compensação do Governo Federal para fazer as contas e iniciar uma conversação com os municípios sobre a distribuição do ICMS com as prefeituras.





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