Mares e rios podem sucumbir diante da enorme demanda de lixo e lixões existentes no planeta; especialmente nos países mais pobres das regiões mais subdesenvolvidas do mundo. Mares e rios são depósitos de lixo em várias nações.

A indiferença dos gestores públicos com o tratamento adequado dos lixos e lixões foi irresponsável e escancaradamente. E deixaram gerar um passivo fantástico no setor muito grave e insolúvel por conta da quantidade acumulada.

Milhões e milhões de toneladas de lixo estão aguardando, agora, uma solução compatível com o grau de desenvolvimento de cada país e região. Pois, o lixo gera outra enorme quantidade de doença, transmitida pelos animais e insetos que se alimentam e habitam, tendo o lixo e lixões como “habitat” normal, embora inadequado à moradia de ratos, baratas, cobras, mosquitos, moscas, mas neles há milhões residindo.

E o combate adequado à solução dos lixos e lixões é a sua industrialização com produção de valor agregado.

No Brasil existem 13 mil lixões que insultam a capacidade gerencial e financeira dos gestores; Eles estão inadequadamente instalados, gerando problemas e doenças às populações que residem próximas à esses amontoados de lixo.

Milhões de toneladas de lixo estão lançadas à terra a céu aberto. E/ou coberto com terra e/ou barro. Entretanto, gerando o “chorume”, que escorre abaixo do lixo, indo poluir leito dos riachos. De rios, córregos, lagoas, brejos e colocando em perigo a vida dos que residem próximo aos lixões e dos que trabalham também.

A realidade é que os gestores precisam se movimentar para resolver, resolver mesmo, esse gravíssimo problema dos resíduos sólidos no Brasil.

Os gestores municipais precisam compreender que os lixões são um problema gravíssimo e cuja solução é da sua competência exclusiva e responsabilidade.

O lixo e lixões são problemas sanitários sérios; que devem ser resolvidos e tratado diariamente porque são ambientes disseminadores de doenças graves por conta das espécies de animais e insetos que moram e se alimentam do lixo e transmitem doenças ao homem.

O meio ambiente é muito poluído pelo lixo. O lixo contamina a terra, o ar, a água. E as pessoas, além dos animais selvagens. Aliás, o lixo é agente de poluição eficaz e presta um desserviço ao homem, embora possa ser totalmente utilizado, após processo industrial, produzindo valor agregado.

As usinas beneficiam qualquer espécie de lixo e produzem material para a construção civil e adubo para usar na agricultura.

Milhões de reais são lançados na sarjeta quando não se faz a reciclagem e/ou a industrialização do lixo. E outros milhões são comprometidos com a saúde, com a construção dos lixões a céu aberto e/ou os famosos aterros do lixo, os quais contaminam o solo e os cursos de água com o “chorume” que produzem.

O Governo Federal instituiu o Marco Legal Regulatório do Saneamento Básico; agora os gestores públicos brasileiros terão que implantá-lo para aliviar e/ou resolver a gravíssima situação nacional, originária dos lixos e lixões, responsáveis por várias doenças em todas as cidades brasileiras.

MAGNO PIRES é Diretor-geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí – IAE-PI, Ex-Secretário de Administração do Piauí e ex-presidente da Fundação CEPRO, advogado da União (aposentado), professor, jornalista e ex-advogado da Cia. Antáctica Paulista (hoje AMBEV) por 32 anos consecutivos; Vice-presidente da Academia Piauiense de Letras-APL.