
A
Microrregião de Saneamento Básico que a Assembleia Legislativa apreciará e
aprovará até 31 de março, assumirá a AGESPISA da mesma forma que o IDEPI
incorporou a COMDEPI, bem como a Agência de Desenvolvimento de Habitação
recebeu as atividades e objetivos da COHAB.
Esta foi a melhor e a única
maneira que o Governo do Estado encontrou para resolver o grave problema fiscal
da AGESPISA e o passivo dos seus servidores, bem como solucionou, no passado os
estonteantes passivo e o de pessoal da COMDEPI e COHAB, encaminhados e
solucionados, respectivamente, pela simultânea criação do IDEPI e do IDH, com
os servidores, isto é, parte deles, todos lotados na gestora de pessoal
(ENGERPI) sem a perca de seus salários e vantagens individuais.
E, não sendo dessa forma, ficará
eternamente esta pendência da AGESPISA; e sem prestar, corretamente, os seus
serviços de concessionária de água, esgoto, resíduos sólidos e regime hídrico
dos rios. Justamente porque não dispõe de recursos, conquanto a sua
arrecadação, com a prestação dos serviços de água, notadamente, cobre apenas a
enorme folha de pagamento e sem poder prestar mais efetivo e aceleradamente
todas as metas propostas.
Com a migração da AGESPISA para o
Instituto de Águas e Esgotos – IAE-PI, como registrou-se com COHAB e COMDEPI,
os débitos da AGESPISA vão sendo solucionados; inclusive com a Microrregião de
Saneamento Básico do Piauí, assumindo, inicialmente 40% (quarenta por cento) de
seu capital votante.
Ademais, a Microrregião tem
imunidade fiscal, o que não acontece, por exemplo, com a AGESPISA.
A AGESPISA não pode contrair
empréstimos, por conta de seus débitos no RFB – Receita Federal do Brasil; E o Instituto
poderá recepcionar linhas de créditos para construir o Novo Marco Legal
Regulatório do Saneamento Básico porquanto não têm débitos; Além da futura
concessão desses empréstimos à Microrregião, o Instituto terá condições de
fazer obras essenciais, enquanto as Parcerias Públicas Privadas – PPP não se
viabilizam no Instituto.
Entretanto, nada impede, que neste
momento, o Governo do Estado, com assistência do Instituto de Águas e Esgotos
do Piauí, a SEPLAN e a SEFAZ iniciam as negociações em órgãos federais como
BNDES, BB e CEF, assim como nas instituições multilaterais de crédito externos,
iniciem as primeiras conversações para conseguir esses recursos porque o Estado
do Piauí não tem recursos suficiente para bancar investimentos tão grandioso,
quanto o Novo Marco Legal Regulatório do Saneamento. O projeto aproxima-se de
13,7 bilhões de reais, com preços levantados em março de 2022.
Os servidores da AGESPISA fiquem
tranquilos porque não terão os seus direitos lesionados, porém, todos haverão
de contribuir pessoalmente à solução de seus direitos individuais, coletivos e
difusos.
Não estamos chegando para criar
polêmicas, prejudicar direitos adquiridos, impor condições, prejudicar pessoas;
Contudo, coerente com todos. Todos devem contribuir à solução e atentar para as
negociações, conciliações e soluções. O concurso de todos e de cada um é
essencial e imprescindível. É necessário!...
Por conseguinte, a AGESPISA será
parceira e compartilhará com o Instituto, neste primeiro momento, as soluções
das obras do Novo Marco Legal Regulatório; e temos o dever constitucional e
institucional de fazê-los bem, enquanto as PPPs não assumem esse papel
preponderante na vida das pessoas, que é o saneamento básico em seus quatro
vetores de ação: água, esgotos, resíduos sólidos (lixo e lixão), água pluviais
e regime hídrico dos rios.
MAGNO
PIRES é Diretor-geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí – IAE-PI,
Ex-Secretário de Administração do Piauí e ex-presidente da Fundação CEPRO,
advogado da União (aposentado), professor, jornalista e ex-advogado da Cia. Antáctica
Paulista (hoje AMBEV) por 32 anos consecutivos.