Reflexo de uma gestão que administra cercada, de portas fechadas para a população

É preciso ter mais humildade para “sair das grades”, ouvir e atender ao clamor dos teresinenses, pois o caos no transporte público prejudica toda população e enfraquece a economia da capital


Reflexo de uma gestão que administra cercada, de portas fechadas para a população

Já não basta essa crise do transporte púbico da capitalservir de chacota nacional, sendo um dos assuntos mais comentados do Twitterdepois do apelo da campanha #S0STeresina? Ao invés de apresentar uma soluçãopara resolver o vergonhoso caos no sistema de transporte coletivo, a atualgestão municipal não se intimida ao responder que não tem nada a ver com oproblema, mostrando um total descaso com a cidade e a população.

Até onde sei, a gestão da coisa pública é algo impessoal e o sistemade transporte público é uma responsabilidade atribuída ao poder públicomunicipal. Tem que está aí sim, mesmo que esses gestores não sejam motoristas,cobradores ou andem de ônibus. O cargo que assumiram joga essa responsabilidadeno “colo” deles. Portanto, resolver isso não é uma questão de querer ou poder,mas de dever, de zelo com a coisa pública e com o cargo que ocupa, sobretudo, éuma questão de honrar o compromisso que assumiram aos serem eleitos, o de cuidarda cidade.    

Além disso, há de se considerar que esse impasse estácausando um prejuízo enorme na economia de Teresina, o que, inclusive,prejudica a própria arrecadação da prefeitura. Como se não bastassem os prejuízospor conta da pandemia e dos constantes furtos, os comerciantes também estãodeixando de vender porque as pessoas não podem mais ir ao centro sem saber comovoltar para casa. E quem não tem outro meio de transporte para se locomovertambém está deixando de ir ao médico ou fazer um tratamento de saúde.

São inúmeras consequências negativas, portanto, se não queremter compromisso ou não têm equilíbrio e competência necessários paraadministrar, não deveriam nem ter disputado o cargo. E muito menos terem feito qualquerapelo para os usuários do transporte coletivo deixarem de votar na gestãotucana durante a campanha eleitoral.

Não podem agir com tanto descaso com a população e falta de compromissocom o cargo que ocupam. É exatamente por conta desse tipo de atitude que hoje aprefeitura de Teresina, lamentavelmente, vive trancafiada, de portas fechadas,e até com o acesso cercado de grades.  Cadêa gestão voltada para o povo que tanto prometeram?

Desde que assumiram, passaram esse tempo todo jogando a culpadesse e de outros problemas na gestão anterior, enquanto o ex-prefeito sequerestá vivo para poder se defender. Talvez até seja uma desculpa para deixaram dejustificar por que foram incapazes de solucionar esse problema em um ano e trêsmeses de gestão.  

Inclusive o Legislativo Municipal também tem a sua parcela de“culpa” nesse triste episódio. Nossos vereadores estão muito omissos em relaçãoaos teresinenses, não estão contribuindo em busca de uma solução para resolveresse e nem outros problemas da capital, mas aposto que vão querer contar com oapoio dessa mesma população “castigada”, sem transporte público, inclusiveagora nessa próxima eleição.   

O povo está cansado de propostas paliativas, como projetopiloto de táxi-lotação e cadastro de outros tipos de transporte alternativo.Não é nenhum favor, isso é uma obrigação do poder público municipal, gerada apartir da falta de soluções definitivas e eficazes para evitar o caos.  

E qualquer outra proposta que penalize ainda mais os usuáriosdo sistema de transporte coletivo não pode ser colocada em prática. Muito poucoainda se sabe sobre essa tarifa com valor diferenciado, que será fixada pordecreto do prefeito de Teresina. Qual será realmente o valor? Quem mora mais longeporque tem menos condição financeira vai ter que pagar uma passagem mais cara? Épreciso esclarecer, inclusive junto aos órgãos de controle, como realmentefuncionará.

Os próprios empresários de ônibus, representado pelo Setut, consideramilegal a lei da bilhetagem eletrônica aprovada pela Câmara Municipal, que criacompetências, como a emissão e comercialização de vales, para a Eturb. Alegamque fere a Lei Federal que delega essa obrigação para as empresasconcessionárias. E ainda argumentam que a prefeitura não está repassando todo ovalor devido, cerca de R$ 70 milhões, para as concessionárias. E assim ficanesse empurra-empurra inaceitável.

A Justiça do Trabalho também tem que ser mais justa, nãobasta uma liminar determinando o retorno de 80% dos ônibus em horário de pico e60% nos demais horários, sem que as empresas paguem os direitos trabalhistasdos motoristas e cobradores. Há anos, esses trabalhadores enfrentam problemasrecorrentes, como recebimento de diárias ao invés do salário da categoria quefoi estabelecido na carteira assinada, falta de plano de saúde e de reajustesalarial. E ainda hoje a situação continua da mesma forma ou até pior.

Enfim, já chega de apontar culpas, omissões e injustiças sem teruma solução definitiva para resolver esse caos em que se transformou o transportecoletivo da capital. Todas essas instituições/poderes: prefeitura, empresários eJustiça do Trabalho tinham mais era que somar forças para dar fim a esse dramavivido pelos teresinenses. Já passou da hora disso acontecer, a população merecemais dignidade e respeito.     

 

Flexibilidade do uso demáscara em locais abertos

A partir da próxima segunda-feira (28), o uso de máscaras noPiauí só continua obrigatório em locais fechados, públicos e privados, e paraas pessoas imunossuprimidas, está liberado entrar sem máscara em ambientesabertos e semiabertos. Também está liberadaa ocupação de 100% em locais abertos e 80% do público em locais fechados,condicionada a entrada somente daqueles que apresentarem o cartão de vacina como esquema vacinal completo. O Centro de Operações de Emergência em SaúdePública (COE) ainda recomendou a partir de segunda-feira que seja aplicada a 4ªdose da vacina Covid-19 para idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde.

 

Colégios aindarecomendam cautela

Em alguns comunicados sobre a flexibilização do uso demáscara enviados por alguns colégios de Teresina, a direção ainda recomendacautela para as famílias, ao decidirem se devem ou não enviar os filhos semesse importante equipamento de proteção individual, mesmo após a liberação do uso de máscara em locais fechados na capital. Portanto, o uso de máscara em ambientesfechados e o uso obrigatório para pessoas com comorbidades em todos os espaçosda escola ainda deve ser uma regra seguida pela maioria, uma vez estas são mais suscetíveis a quadro gravesocasionados pela covid-19. Vale ressaltar ainda que é importante respeitar o direitode quem optar por continuar usando a máscara, seja na escola ou fora dela.

 

Taxa de ocupação deUTIs está abaixo de 60% no Brasil

Segundo a Fiocruz, a taxa de ocupação de UTIs no Brasil estáabaixo de 60% em todas as regiões do país. Esses dados colocam o país fora dazona de alerta. Apesar da redução do número de internações por convid-19, apandemia ainda não foi totalmente vencida. Por isso, a Fiocruz recomenda que aspessoas continuem a usar máscaras em alguns ambientes com grande aglomeração, aexemplo do transporte coletivo.

 

Troca de gestoresestaduais

A partir da próxima quinta-feira (31), o Piauí troca ocomando do governo do Estado, assume Regina Sousa no lugar de Wellington Dias,que disputará o Senado. Junto com ele, também deixa o cargo parte da equipe degoverno para concorrer a um cargo político na próxima eleição. Uma das mudançasacontece na Secretaria de Governo, o ex-secretário estadual de Planejamento,Antônio Neto, deve ser indicado para ocupar a pasta. É um gestor reconhecidopela diplomacia, deve manter uma boa relação com políticos e representantes dosmovimentos sociais e sindicalistas.



Falecimento dojornalista Nilson Sá

É com pesar que lamentamos o falecimento do jornalista NilsonSá, após complicações decorrentes de uma cirurgia para retirada de cálculo renal.Ele estava internado na UTI do hospital HTI para estabilizar o quadro agravado mas acabou não resistindo. Nilson Sá era funcionário da Assembleia legislativa,também já tinha ocupado o cargo de subsecretário de Comunicação do governo MãoSanta e foi editor de vários jornais e revistas.


Chuvas podem aumentar númerode desabrigados na capital

Com a previsão de mais chuvas nesse final de semana, podeaumentar o número de desabrigados em Teresina. Segundo a Defesa CivilMunicipal, até a última sexta-feira (25), 767 famílias estão desabrigadas, oque representa cerca de 2.500 pessoas. De acordo com o gestor da pasta, CarlosRibeiro, era previsto chover cerca de 300 milímetros durante todo o mês de março,no entanto, esse número já ultrapassou 350 milímetros. E a Chesf ainda anuncioua possível abertura das comportas de Boa Esperança, com a previsão de vazão daágua maior do que a já registrada até agora, o que pode ampliar esse número dedesabrigados na capital. Quem precisar de ajuda, o número da Defesa CivilMunicipal é o 199.

 


Regulamentação dotrabalho remoto

O governo federal publicou duas medidas provisórias (MP) pararegulamentar o trabalho remoto e promover alterações em benefícios, comoantecipação das férias, auxílio-alimentação, abono para os trabalhadores, emcaso de ocorrência de situação de calamidade. Segundo o governo, essas medidas fazemparte das ações do Programa Renda e Oportunidade, que visa ajudar na retomadada economia. A regulamentação do trabalho remoto permitirá a possibilidade deadoção do modelo híbrido (alternância entre o home office e trabalhopresencial). Vale ressaltar que os trabalhadores com deficiência ou com filhosde até quatro anos completos devem ter prioridade para as vagas emteletrabalho. A oposição questiona se essa MP fere direitos trabalhistas porquepermite a contratação com controle de jornada ou por produção.

 





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