Pais não devem prejudicar o direito dos filhos de se vacinarem contra a covid-19
É preciso parar de divulgar Fake News sobre crianças que tiveram efeitos colaterais ou morreram depois que tomaram a vacina contra o coronavírus. Isso causa medo, prejudica a campanha de vacinação e ainda expõe nossas crianças aos graves riscos da doença

Mesmo já tendo iniciado o
calendário de vacinação para crianças de 05 a 11 anos contra covid-19, ainda tenho
acompanhado, tanto nas redes sociais quando no cotidiano mesmo, matérias e relatos
de amigos e familiares sobre a indecisão de vacinar ou não os filhos, por medo
dos efeitos colaterais. Inclusive nos últimos dias também tem aumentado a
divulgação de matérias negativas sobre crianças afetadas por algum efeito
colateral ou até mesmo morreram depois de terem tomado a vacina contra a covid-19,
assim como já ocorreu, principalmente, no início da vacinação de adultos.
Aí eu me pergunto, se até
um simples remédio que a gente toma para dor pode ter uma contraindicação ou
efeito colateral, mas mesmo assim a gente toma porque quer e precisa sentir um
alívio nessa dor, então que sentido faz justificar não tomar a vacina com medo
de possíveis efeitos colaterais? Pior do que isso é incentivar outras pessoas a
não tomarem a vacina contra a covid-19 alegando o mesmo argumento.
E se tamanha
irresponsabilidade é só por puro negacionismo mesmo, por defender uma ideologia
ou político que é contrário à vacina, a pergunta que não quer calar é: se essa
pessoa ou alguém da sua família ficar com a saúde muito comprometida ou até
mesmo morrer devido às sequelas da covid-19, será que algum político vai bater
na sua porta para ajudar a pagar a conta do hospital ou pelo menos oferecer um conforto
espiritual quando necessário? Duvido muito.
Será que a cegueira
política ou ideológica é tão grande que não conseguem se sensibilizar ao menos
com os dados científicos, que demonstram que as pessoas que estão sendo mais
afetadas hoje com internações ou complicações mais graves da covid-19 são
exatamente aquelas que nunca se vacinaram ou deixaram de completar todo o ciclo
de vacinação necessário para imunização. Será que estão tão “doentes” a ponto
de não querer ver e compreender algo tão óbvio: que o número de internações e mortes
diminuiu, consideravelmente, após a vacinação, mesmo com a chegada de novas variantes
como a Ômicron, que é muito mais transmissível?
Vale ainda alerta que,
além desse negacionismo infundado e insano, que prejudica toda população
brasileira, o fato dessa variante infectar vacinados e causar reinfecção indica
que coronavírus continuará encontrando maneiras de romper nossas defesas, e
assim podemos não atingir a “imunidade de rebanho”. E quanto menos pessoas
imunizadas pior.
Lamentavelmente, o que
mais se tem registrado nesses dois últimos meses, sobretudo pós festas do final
de ano, são casos de pessoas não vacinadas ou que não completaram todo o ciclo
de imunização internadas em estado grave por conta das complicações causadas
pela covid-19. É o caso da própria atriz Elisângela, 67 anos, que foi internada
ontem (20), em estado grave, em um hospital da Baixa Fluminense, com sequelas respiratórias
da covid-19. Segundo confirmação da própria assessoria da atriz, ela é radicalmente
contra a vacinação, como deixa claro nas suas próprias redes sociais, por isso não
tomou nenhuma dose do imunizante contra a doença. Será que vale a pena passar
por isso?
Como se não bastasse, toda
hora a gente vê os negacionistas divulgando nas redes sociais que pessoas
morreram ou ficaram com sequelas logo depois que tomaram a vacina contra a
covid-19, como se não existisse mais outra causa agora, apenas “efeito colateral”
dos imunizantes contra covid. A mais recente foi a matéria de uma cidade do
interior de SP, Lençóis Paulista, que suspendeu a vacinação infantil após uma criança
de 10 anos sofrer uma parada cardíaca 12h depois de receber a versão pediátrica
do imunizante da Pfizer contra o coronavírus. Mas o resultado da investigação oficial
feita pelo Centro de Vigilância Epidemiológico (CVE) apontou que a criança tem
uma condição congênita que leva o coração a ter crises de taquicardia,
características da síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW). Segundo a nota oficial,
algumas destas crises podem ter frequência muito alta, levando até a síncope ou
mesmo morte súbita, uma vez que a WPW é mais comum causa de morte súbita por
arritmia ventricular. E quantos pais não deixaram de vacinar seus filhos por
conta de uma notícia dessa?
Inclusive, os
parlamentares federais que apoiam o presidente da República, vergonhosamente, fizeram
questão de postar essa notícia em suas redes sociais, mesmo sem nenhuma comprovação
científica ou ao menos esperarem pelo resultado da investigação, apenas para
justificar suas ideologias políticas e aumentar a corrente dos negacionistas.
Enquanto há essa “corrente”
que está mais preocupada em divulgar notícias falsas ou distorcidas, visando fins
políticos, e esquece que o principal deveria ser cuidar da saúde dos
brasileiros, só sabe quem passa pelo temor de quase perder um filho menor sabe
tamanha é a importância da vacina contra a covid-19. Como aconteceu com a família
Oliveira no Rio de Janeiro, em dezembro do ano passado. “Só quem passa na pela
sabe o que é. O certo é vacinar todo mundo", diz Delmar Oliveira, pai de
Matheus, menino de 8 anos, que venceu a Covid após 87 dias na UTI, que ainda
hoje trata as sequelas da doença.
Mesmo não passando por isso,
tenho um filho de 10 anos, e não tenho a menor dúvida, vou vaciná-lo porque
confio na ciência, valorizo todo o trabalho dos pesquisadores/cientistas, médicos
e demais profissionais de saúde, que estão exaustos há mais de 2 anos lutando para
salvar vidas, além de me preocupar com as pessoas ao meu redor e do meu filho. E
jamais iria me perdoar se ele corresse risco de vida porque eu não tive coragem
de vaciná-lo, prefiro pecar pelo excesso de zelo do que correr risco do meu
filho ter complicações ou sequelas da doença.
Eu também não esqueço do depoimento
marcante da médica intensivista e cardiologista de São Paulo, Ludhmilla Hajjar,
agora em janeiro desse ano, que alertou sobre as UTIs lotadas de pacientes não
vacinados contra a covid-19. “Tenho visto pacientes internados arrependidos de
não terem sido vacinados. Eles chegam com a forma grave da doença, se arrependem,
porém, já é tarde”, disse a médica. Ela constatou que enquanto pessoas
imunizadas contra a covid-19 têm forma leves da doença, os não-vacinados, por
outro lado, podem sentir o impacto de forma mais intensa. “A variável mais
expressiva em relação ao perfil da doença, tem sido, definitivamente, o não
vacinado”, confirma a médica, que inclusive foi cotada para substituir o ex-ministro
Eduardo Pazuello na Saúde.
Estudos de pesquisadores
da própria Fiocruz publicados na plataforma Medrxiv também apontam que as
quatro vacinas aplicadas no Brasil conferem uma proteção adicional significativa
contra a infecção sintomática e as formas graves da Covid-19 em indivíduos que
já haviam contraído o vírus da Covid previamente. Inclusive esse estudo revela que no caso das
vacinas com esquema de duas doses, a média de proteção contra hospitalização ou
morte excede 80% 14 dias após o esquema vacinal completo, em comparação com
pessoas previamente infectadas, mas não vacinadas.
É por todas essas e outras
argumentação científicas, sem levar em conta nenhum viés ideológico ou político,
que gostaria de fazer um apelo, mesmo que para muitos seja difícil seguir: deixem
de divulgar notícias falsas (Fake News) ou matérias que realmente não tenham comprovação
de que uma criança, ou qualquer outra pessoa, morreu por ter tomado a vacina contra
o coronavírus. Não tente gerar dúvida sobre a eficácia das vacinas, espalhar medo
sobre os não comprovados efeitos colaterais ou incentivar outras pessoas a não
se vacinarem contra a covid-19, até mesmo para depois não se sentirem culpados.
É preciso sempre ter esperança
e confiar mais na ciência do que nos políticos, só assim podemos ter dias
melhores. Se a sua opção é não tomar a vacina, pode ser até um direito, mas guarde
para você essa decisão, deixe de incentivar outras pessoas a deixaram de cuidar
da própria saúde e correrem riscos. Acreditem na efetividade das vacinas contra
covid-19, que já têm eficácia comprovada aqui e em outros países que iniciaram bem
antes a vacinação, defendam os benefícios do esquema vacinal completo, confiem
na ciência quando esta diz que é importante tomar todas as doses, inclusive a
de reforço, e continuem adotando todas as medidas sanitárias. É preciso
defender vacinas sempre porque já salvaram e continuam salvando muitas vidas.
E como fica quando exigirem
passaporte para os filhos?
Por conta disso desse
tipo de notícia que já ouvi de várias amigas e familiares, que são mães como eu,
ressaltando que não irão vacinar os filhos por receio dos efeitos da vacina. Inclusive
alguns desses filhos, até já passaram da época de vacinar e ainda não tomaram
sequer a primeira dose. A primeira pergunta que faço é se é justo impedir o
direito do seu filho de ser vacinado.
E se a escola ou a
universidade onde seu filho estuda, ou os locais onde ele costuma frequentar
exigem o passaporte da vacina, o que você vai fazer, arrumar um falso? Ou vai contribuir
para impedir seu filho de estudar ou frequentar locais que exigem esse
documento? Já não basta terem passado mais de dois anos prejudicados, sem o rendimento
escolar necessário, apenas assistindo aulas remotas? E se precisar de qualquer
documento em um órgão público ou até mesmo em um hospital que exige a presença
e o comprovante de vacina para entrar? Já se questionou sobre isso? Não basta o
querer, temos que seguir as regras da coletividade.
Já nascemos tomando vacina,
sem os pais questionarem seus efeitos
Infelizmente, vamos ter que
conviver com a covid-19 como a gente convive hoje com a gripe. É justo que, “por
medo de supostos efeitos coletarias”, tentar impedir os filhos de se vacinarem
ou é melhor não correr risco deles terem alguma complicação ou sequelas mais
graves devido à complicações da doença, que, inclusive podem levar à morte? E também
não dá para entender é que tanto essas mães já nasceram tomando vacina como
também já levaram seus filhos para vacinarem desde quando nasceram, qualquer
criança toma 24 vacinas do SUS até completar 01 ano de idade, sem ao menos
terem questionado possíveis efeitos colaterais, sem falar que vivemos um
momento de pandemia, em que o direto coletivo deve prevalecer sobre qualquer
direito individual. Vacinas sempre salvaram vidas! Sem falar das possíveis punições
para os pais que forem omissos com os filhos.
Golpes até para conseguir
o falso cartão de vacinação
E infelizmente tem negacionista
que ainda é criminoso, além de não querer ser imunizado, agora estão dando um
jeito de arrumar o certificado falso de vacina para acessar locais onde é
necessário comprovar a vacinação. Já há relatos, de pessoas que vão em um drive
de vacinação, esperam os profissionais de saúde preencherem o cartão e depois
que isso acontece deixam o local sem receberem o imunizante. Além disso, no Rio de Janeiro, por exemplo, já
foram flagrados e até presas pessoas vendendo certificados falsos de vacina por
R$ 200,00. Pasmem, a quadrilha até já vendia ingressos e comprovantes falsos de
vacinação próximo ao AquaRio, que exige esse comprovante. Dessa forma, além de colocarem
em risco a vida delas e de outras pessoas, ao não tomarem a vacina, ainda seguem
praticando outros crimes. É uma lástima.
Ministro Paulo Guedes/Foto de Washington Costa (ASCOM/ME)
Ministro da Economia diz
que país tá pronto para vacinar em massa
Nesta sexta-feira (21), o
ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil “está pronto para
vacinar em massa, com a terceira, quarta e quinta doses”. Durante uma live
promovida pelo Fórum Econômico Mundial, ele ainda ressaltou que o país já vacinou
95% da população adulta contra a covid-19.
É preciso pensar menos em
política e cuidar mais da capital
Gente, vamos pensar menos
em política e cuidar mais da capital. Já que não deu para resolver até agora o
problema do transporte coletivo de Teresina, dá pelo menos para tapar os
buracos da cidade? Tem um buraco enorme perto da linha férrea, na avenida Higino
Cunha, logo na subida do viaduto. Depois do antigo CFAP/PM também merece
atenção, e a avenida Poti Velho, no bairro Santa Maria da Codipi, tá parecendo
mais uma peneira de tanto buraco. Então, não basta botar placas em locais perigosos
na época da chuva, a prefeitura tem que fazer o reparo nesses buracos das vias
públicas, até para evitar acidentes.
Repercutindo no site Antagonista
E por falar em política, o
site Antagonista repercutiu uma matéria sobre a exigência do prefeito de Teresina,
José Pessoa Leal, o Dr. Pessoa, para comandar o PL, postando a matéria “Para
dar palanque a Bolsonaro, prefeito exige diretório do PL por 6 anos”. Durante uma
entrevista e em conversa com correligionários, o prefeito da capital fez o
seguinte comentário “Não vou receber um partido por dois anos, por um ano, etc.
Eu vou querer que esteja lá no papel uma cláusula de receber esse partido por
no mínimo, no mínimo, 6 anos de comando pelo grupo do Pessoa”, disse o
prefeito.
Prefeito também pediu
respeito com terceira via
E hoje pela manhã, em
entrevista ao portal GP1, o prefeito de Teresina pediu respeito ao governador
Wellington Dias após o chefe do Executivo Estadual comentar que se o presidente
Jair Bolsonaro entrasse para o PL este seria considerado um partido de oposição.
"Eu só gostaria que todos os dois lados respeitassem minha decisão de
trabalhar uma terceira via", declara o prefeito, referindo ao Governador e
ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Até o momento, não há nenhuma
orientação do governo para que os vereadores do PT deixem a base do prefeito, o
próprio governador Wellington Dias confirmou isso ao declarar que “cabe a Dr.
Pessoa definir se mantém petistas nas prefeituras de Teresina.
Secretário de Saúde está
tendo uma boa recuperação
O secretário estadual da Saúde,
Florentino Neto, postou hoje nas redes sociais que está se recuperando bem da
Covid. “Sigo com o meu isolamento domiciliar e trabalho! Ontem, realizei alguns
exames médicos e segundo a avaliação do Dr. Noronha, tudo vai bem. Graças a
Deus!”, afirma o gestor
Presidente da República está
de luto
Faleceu nesta sexta-feira
(21) a mãe do presidente Jair Bolsonaro, Olinda Bonturi Bolsonaro, de 94 anos.
Ela estava internada num hospital em Registro (SP) desde a última segunda-feira
(17). O presidente postou a notícia em suas redes sociais. Que Deus o ilumine
nesse momento de dor.
Todo cuidado é pouco
No mundo virtual, cada vez mais, vale a alerta de que todo cuidado é pouco. É cada vez mais comum a ação de alguns criminosos marcando encontros através de aplicativo ou site de relacionamento para realizar sequestro-relâmpago. Eles tentam conhecer a vítima nas conversas virtuais, depois marcam um encontro e daí forçam a vítima a fazer transparência bancária, via Pix, pagar boletos, fazer saques ou usar os cartões de crédito para compras. E tem até sequestrador se passando por “gostosona apaixonada” para conseguir atrair o “pato”, ou melhor, a vítima.